segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nasa lança com êxito sonda para estudar atmosfera de Marte

Por Kerry SHERIDAN (AFP) – 3 hours ago 
Cabo Canaveral (Estados Unidos) — A Nasa realizou nesta segunda-feira o lançamento bem sucedido da sonda não tripulada Maven, que terá como missão estudar a atmosfera de Marte em busca de pistas que expliquem porque o planeta vermelho perdeu as condições que há bilhões de anos lhe teriam permitido abrigar a vida.
A sonda foi enviada à órbita de Marte para analisar as camadas de sua atmosfera superior e as interações com o sol e o vento solar que podem ter influenciado a perda de gases, destacou a agência espacial americana.
O lançamento da sonda ocorreu, conforme o previsto, da base da Força Aérea americana, em Cabo Cañaveral, Flórida (sudeste), às 13h28 locais (16h28 de Brasília). A nave, com 2,45 toneladas de peso, é transportada por um foguete Atlas V 401, da empresa United Launch Alliance.
"Tudo parece estar indo bem", informou o centro de controle da Nasa logo após o lançamento perfeito da espaçonave.
A separação entre a sonda e o segundo estágio do foguete Atlas deve acontecer 52 minutos após o lançamento e 15 minutos depois, Maven deverá estender seus painéis solares para recarregar.
Os encarregados da missão fizeram vários testes nos sistemas da sonda para garantir seu funcionamento correto. Em 3 de dezembro farão a primeira das quatro correções previstas para alinhar com precisão a trajetória de Maven rumo ao seu destino final.
Se cumprir o cronograma previsto, a missão da sonda Maven, de US$ 671 milhões, chegará à órbita de Marte em 22 de setembro de 2014, após uma viagem de dez meses. A missão científica começará em novembro do ano que vem.
A data cai dois dias antes da chegada da sonda espacial que a Índia enviou a Marte, a Mars Orbiter, lançada em 5 de novembro passado, embora seus objetivos científicos se sobreponham, explicou David Mitchell, chefe de projeto da Maven.
A sonda indiana irá em busca de metano, que pode provar a existência de algum tipo de vida no passado do planeta, enquanto a americana busca respostas sobre as mudanças climáticas que o planeta vermelho sofreu.
O quebra-cabeça da história de Marte
A missão da sonda Maven é a primeira da Nasa destinada a explorar a atmosfera superior de Marte, ao invés de estudar sua superfície, destacou a agência espacial americana.
"Quando a água líquida fluía em abundância em Marte - como demonstram muitos indícios -, o planeta devia ter uma atmosfera mais densa, que produzia gases de efeito estufa, permitindo que o planeta fosse mais quente", explicou no domingo, durante uma coletiva de imprensa, Bruce Jakosky, da Universidade do Colorado (oeste), chefe científico da missão.
"Queremos compreender o que aconteceu, para onde foi a água e o CO2 que antes formavam uma atmosfera densa", acrescentou.
Por meio de uma análise da dinâmica atual da atmosfera superior de Marte é possível entender as mudanças ao longo do tempo do planeta e seus efeitos, segundo o cientista.
"Temos um conjunto de instrumentos de bordo que realmente tentará encontrar as peças que faltam no quebra-cabeça da história de Marte", disse David Mitchell.
A sonda Maven conta tem oito instrumentos com um total de nove sensores, inclusive um espectrômetro de massa para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas de Astrofísica e Planetologia (IRAP) de Toulouse (França), que analisará o vento solar na magnetosfera de Marte.
Depois de sua inserção orbital e cinco semanas de calibragem dos instrumentos, a sonda entrará em uma órbita elíptica de quatro horas e meia, o que permitirá a ela fazer observações em todas as latitudes de todas as camadas da atmosfera superior do planeta, com altitude variável de 150 km a mais de 6.000 km.
Maven é a segunda missão do programa americano Scout, que consiste em pequenas missões menos onerosas, dedicadas a explorar Marte antes de uma missão tripulada prevista para 2030, segundo planos da Nasa.

Agência espacial americana lança mais uma missão a Marte

A sonda Maven partiu da base de Cabo Canaveral, na Flórida, e levará dez meses para chegar ao destino.

 
A agência espacial americana lançou mais uma missão a Marte. A sonda Maven partiu da base de Cabo Canaveral, na Flórida, e levará dez meses pra chegar ao destino.
Os cientistas querem entender os processos que levaram ao desaparecimento da água em Marte. Medições recentes indicam que o planeta já teve uma atmosfera densa, com água fluindo sobre a superfície.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Simulação da Nasa mostra Marte jovem e com oceanos


Simulação da Nasa mostra Marte jovem e com oceanosClique no link para iniciar o vídeo
Simulação da Nasa mostra Marte jovem e com oceanos
  •  A Nasa - a agência espacial americana - divulgou na quarta-feira uma simulação que mostra o planeta vermelho quando ele era jovem. Os cientistas acreditam que há bilhões de anos Marte era bem diferente do que é hoje, com uma densa atmosfera que era quente o suficiente para manter oceanos de água líquida - um ingrediente essencial para a vida como conhecemos.
Sites sobre óvnis divulgam imagens feitas pela sonda Curiosity em Marte na qual afirmam ter avistado um iguana fossilizado no planeta vermelho Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS  / Divulgação
Iguana, esquilo, homem: veja teorias da conspiração sobre Marte
Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS / Divulgação

A baixa pressão atmosférica e o frio da superfície marciana não permite a água em estado líquido atualmente no planeta. "Há canais dendríticos estruturados que, assim como na Terra, são consistentes com a erosão de superfície causada por fluxo de água", diz Joseph Grebowsky, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. Segundo o cientista, em algumas crateras, há evidências de que se formaram lagos nos locais. Além disso, há minerais que se formam apenas na presença de água líquida, como hematitas.
Firmado em dezembro de 2010, o acordo de participação do Brasil no Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory, ESO) foi celebrado pelos cientistas brasileiros. Contudo, Quase três anos depois, no entanto, o projeto, que custará aproximadamente R$ 1,1 bilhão ao longo de 11 anos, ainda espera aprovação do Legislativo. Veja a seguir algumas das instalações do ESO que os brasileiros podem ter aceso Foto: Matheus Pessel / Terra
Brasil pode concretizar acordo bilionário com observatório astronômico
Foto: Matheus Pessel / Terra

O vídeo mostra a passagem desses bilhões de anos, quando a água seca, o planeta se torna frio e a atmosfera perde seu azul. Não se sabe se Marte teve água líquida tempo o suficiente para desenvolver vida. Não se tem certeza também qual foi o motivo para essa mudança drástica no planeta.

A nova sonda da agência, a Maven, que será lançada ainda este mês, irá investigar a mudança no clima de Marte. 

Terra
     

          
           
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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Há 3,5 bilhões de anos seria possível beber água em Marte, diz cientista



 John Grotzinger, chefe da missão do Curiosity, falou ao jornal 'La Tercera'.

Ambiente propício à vida no planeta durou centenas ou milhares de anos.

Da EFE
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Uma rocha marciana analisada pelo veículo explorador de Marte (Rover) Opportunity, contém amostras de barro formado em água não-ácida (Foto: Nasa/AFP)Rocha de Marte analisada pela Nasa tem amostras de barro formado em água não ácida (Foto: Nasa/AFP)
Há 3,5 bilhões de anos, se os seres humanos já existissem e fossem para Marte, poderiam ter bebido água e vivido ali por muito tempo, afirmou no domingo (4) o cientista da agência espacial americana (Nasa) John Grotzinger, chefe da missão do robô Curiosity.
Em declarações ao jornal chileno "La Tercera", Grotzinger destacou que, um ano após o robô Curiosity chegar com sucesso ao planeta vermelho – o quarto do Sistema Solar –, o veículo descobriu que aquele é um meio ambiente similar à Terra, em que os seres humanos poderiam ter enchido um copo de água e provavelmente bebido-o se estivessem estado lá há 3,5 bilhões de anos.
O cientista indicou que o passo mais importante até agora foi descobrir, a partir da análise de rochas marcianas, que existiu um ambiente propício à vida que persistiu por centenas ou milhares de anos.
Grotzinger destacou que nesta terça-feira (6) o robô completará um ano em Marte, onde, em poucos meses, conseguiu atingir várias das metas propostas na missão de dois anos: caracterizar a água e a atmosfera do planeta e achar ambientes que no passado puderam suportar vida.
Desde então, essa se transformou na missão mais popular da Nasa, incluindo uma conta com mais de 1,3 milhão de seguidores no Twitter. O Curiosity também foi classificado como personagem do ano pela revista "Time".
"Foi um ano muito bom. Pudemos aterrissar, que era algo sobre o qual todos estávamos nervosos, e depois de oito meses conseguimos a meta primária da missão: que a água não era ácida como as missões anteriores detectaram, mas tinha um pH (potencial hidrogênio) neutro", disse.
Grotzinger afirmou que, embora Marte tenha perdido umidade e hoje seja um deserto frio, as análises do Curiosity mostram que o planeta "pôde ser um local onde micro-organismos teriam vivido facilmente".
O cientista explicou que o robô faz atualmente sua viagem mais longa na superfície do planeta vermelho, que é circundado por dois satélites. O trajeto foi iniciado em 4 de julho e deverá percorrer 8 km rumo ao Monte Sharp, uma montanha de 5.500 metros, em um deslocamento que poderá durar entre sete e nove meses.
"Será uma longa viagem, nos deteremos em algumas ocasiões para fazer medições, mas estamos comprometidos em dirigir ao monte o mais rápido possível", comentou Grotzinger.
O cientista disse que a ideia original da viagem era aterrisar próximo de sua base, no centro da Cratera Gale, pois as imagens do planeta tomadas ainda em órbita mostravam camadas e mais camadas no terreno com diferentes idades geológicas, além de cores de minerais que poderiam conter água.
Grotzinger acredita que nessa zona de Marte há mais possibilidades de encontrar ambientes habitáveis.
Detalhe da imagem onde aparece um buraco feito pelo robô (Foto: Nasa/Divulgação)Robô Curiosity completa um ano no solo de Marte nesta terça-feira (6) (Foto: Nasa/Divulgação)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Marte pode ter tido condições para a vida, afirma a Nasa

Cientistas encontraram elementos essenciais à vida em amostra coletada pelo robô Curiosity

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Marte pode ter tido condições para a vida, afirma a Nasa Reprodução/NASA/JPL-Caltech/Cornell/MSSS
Imagens da varredura e da perfuração feitas pelo robô Curiosity, que permitiu a descoberta dos elementos químicos básicos para a possibilidade de vida em Marte Foto: Reprodução / NASA/JPL-Caltech/Cornell/MSSS
Pode ter existido vida microbiana no passado em Marte - é o que revela uma análise dos minerais contidos na primeira amostra de uma rocha coletada com instrumentos do robô americano Curiosity. O anúncio foi feito nesta terça-feira pela Nasa.

— Uma pergunta fundamental desta missão (Curiosity) é se Marte pode ter sido propício para a vida. Pelo que sabemos agora, a resposta é sim — disse Michael Meyer, cientista chefe do Programa de Exploração de Marte da Nasa.

O robô de seis rodas, com 10 equipamentos científicos a bordo, é o veículo mais sofisticado enviado até agora a outro planeta.

A amostra analisada, perfurada a partir de um pedaço de rocha sedimentar, contém minerais de argila e de sulfato, além de outros produtos químicos. Com base na análise destes produtos químicos, os cientistas conseguiram determinar que a água que ajudou a formar as rochas tinha um pH relativamente neutro.

— Encontramos um ambiente habitável, tão benigno e tão propício à vida que, provavelmente, se tivéssemos estado ali e essa água existisse, poderíamos bebê-la — disse John Grotzinger, cientista do projeto Curiosity no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

AFP

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Descoberto meteorito marciano único, rico em água

AFP
Um meteorito marciano de 2,1 bilhões de anos, descoberto recentemente na África do Norte, difere de todos os encontrados até agora por ser rico em água e se assemelhar a rochas analisadas pelas sondas da Nasa em Marte, segundo um estudo publicado esta quinta-feira.
"A rocha basáltica - de origem vulcânica - contida neste meteorito é similar à composição da crosta marciana ou da parte superior do manto de Marte", explicou Carl Agee, da Universidade de Novo México (sudoeste dos Estados Unidos), um dos principais co-autores desta pesquisa publicada na edição de sexta-feira da revista científica Science.
"Nossas análises dos isótopos do oxigênio mostram que este meteorito, denominado NWA (noroeste da África) 7034, é diferente de todos os demais, visto que sua formação química corresponde à formação do solo de Marte e às interações com a atmosfera do planeta vermelho", acrescentou.
Segundo este cientista, a abundância de moléculas de água neste meteorito (com cerca de 600 partes por milhão ou dez vezes mais do que em outros meteoritos marcianos conhecidos) faz pensar que estava na superfície de Marte há 2,1 bilhões de anos.
A água poderia provir de uma fonte vulcânica de um aquífero próximo à superfície, o que faz pensar que uma atividade aquosa persistiu na superfície marciana durante o começo da era Sideriana (amazoniana).
"Nossas análises de carbono mostram igualmente que o meteorito sofreu uma segunda transformação na superfície de Marte, que explica a presença de macro-moléculas de carbono orgânico", revelou Andrew Steee, do Instituto Canergie e um dos co-autores do estudo.
Para este cientista, "trata-se do meteorito marciano mais rico geoquimicamente já encontrado e as análises que foram realizadas provavelmente vão revelar outras surpresas".
No total foi encontrada até agora uma centena de meteoritos de origem marciana.
Os meteoritos de origem marciana ou lunar são raros. A maioria provém do cinturão de asteroides, uma região do sistema solar situada entre Marte e Júpiter.
Em 2012 foram registrados mais de 42 mil meteoritos, um número que aumenta em cerca de 1.500 ao ano, segundo dados da Meteoritical Society.
A Curiosity, sonda mais sofisticada enviada a outro planeta pela Nasa, está desde o começo de agosto na cratera Gale, no equador marciano, para determinar se o planeta vermelho foi propício para a vida microbiana.
js/rap/pl/llu/mvv